» 22 de dezembro de 2024
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EDITOR CONVIDADO

Existe uma sigla em inglês, "GUCH" (grown-up congenital hearts), que não tem uma correspondência adequada em português. Refere-se aos pacientes portadores de cardiopatias congênitas que atingiram a idade adulta. Trata-se de uma nova e crescente população, resultado do desenvolvimento da cardiologia pediátrica e da cirurgia cardíaca nas últimas décadas. Parte dessa população requer atendimento altamente especializado em centros que disponham de tecnologia sofisticada, porém nem todos apresentam o mesmo grau de complexidade. Esse grupo de pacientes necessita que o cardiologista geral esteja apto para atendê-lo em situações de emergência e que possa acompanhá-lo periodicamente nos intervalos das consultas ao centro de referência. Ao apresentar esses temas gostaríamos de chamar a atenção para os desafios que esses pacientes representam e as exigências progressivas que nos fazem, pois os "GUCH" continuam crescendo em número e em idade, reclamando novas soluções para problemas novos e antigos.

Aproveitamos também para abordar outros problemas que com alguma freqüência levam o jovem ao cardiologista. A adolescência é uma fase da vida sem limites de idade rigidamente estabelecidos. Sinais e sintomas sugestivos de cardiopatia nessa faixa etária, geram muita ansiedade no paciente e nos familiares, que muitas vezes ficam desorientados e têm dificuldade para decidir qual especialista procurar. 
Espero que a discussão dessas questões contribua um pouco para a compreensão desses problemas e muito para a geração de novas dúvidas.

Cora Firpo
Editora convidada

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