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Campanha Nacional da SBC vai focar no combate à hipertensão arterial na criança

22/4/2013


26 de abril: Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hipertensão Arterial

A Sociedade Brasileira de Cardiologia – Seção Bahia (SBC-BA) fará uma mobilização no dia 26 de abril (sexta-feira), das 8:00 às 12:00h, no Centro de Referência de Doenças Cardiovasculares Adriano Pondé (CRDC), em Amaralina, próximo do largo das baianas, oferecendo serviços gratuitos para crianças, jovens e adultos com aferição de pressão arterial, peso, altura, cálculo de IMC, medida de glicemia, orientações alimentares e de hábitos de vida, distribuição de fruta (para simbolizar alimentação saudável), material informativo e caminhada de 1 km na orla entre Amaralina e Pituba. A iniciativa conta com a participação de cardiologistas e profissionais dos Departamentos de Fisioterapia, Nutrição, Enfermagem, Psicologia e Educação Física da SBC-BA e tem o apoio da Secretaria Municipal de Saúde e da Santa Casa de Misericórdia, gestora do CRDC.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC de 6 a 8% das crianças brasileiras já são hipertensas. E na maioria das vezes nem sabem que tem a doença já que não existe uma cultura de medir a pressão arterial na infância e adolescência. A tendência é que o índice tende a crescer por causa da obesidade. Segundo a SBC, crianças obesas têm oito vezes mais chances de desenvolver a hipertensão. Por isso, este ano a campanha Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial” será dirigido para jovens e crianças.

Um hipertenso que não segue o tratamento adequado tem uma expectativa de vida reduzida em 16 anos e meio, em média. No Brasil, há 40 milhões de hipertensos, mais de 30% da população adulta. E menos de 20% deles fazem o controle adequado. Uma em cada 3 mortes é devida às doenças cardiovasculares. No país, são 326 mil óbitos, um a cada 2 minutos. Mais da metade das vítimas têm entre 45 e 69 anos.


DADOS EM SALVADOR

Uma pesquisa realizada em 2011 por cardiologistas e nutricionistas da Sociedade Brasileira de Cardiologia – Seção Bahia avaliou os fatores associados à hipertensão e pré-hipertensão de 1.125 crianças e adolescentes com idade entre 7 e 14 anos da rede pública de ensino em Salvador. As variáveis de exposição foram: índice de massa corporal, circunferência da cintura, sexo, idade, atividade física, condições ambientais e de moradia, renda familiar, consumo alimentar, escolaridade e idade maternas. A prevalência de pressão arterial elevada foi de 14,1% (índice bem acima da média nacional), sendo 4,8% de hipertensão e 9,3% pré-hipertensão. A prevalência de pré-hipertensão e hipertensão em crianças e adolescentes é maior entre aqueles com excesso de peso, do sexo feminino e com consumo alimentar inadequado.

Hábitos não saudáveis irão refletir negativamente na saúde de crianças e adolescentes. Por isso, o cuidado e a atenção com os fatores de risco como colesterol elevado, pressão alta, obesidade, diabetes, tabagismo, sedentarismo, estresse, além do histórico familiar para estas doenças, precisam ser redobrados para evitar que se tornem adultos doentes, evitando mortes precoces decorrentes de eventos cardiovasculares.

A Hipertensão arterial não controlada é a principal causa de infartos do coração e derrames cerebrais, que são os maiores motivos de mortes no Brasil e no mundo. A doença é também a principal causa de insuficiência dos rins e da necessidade de hemodiálise ou transplante renal. Recentemente, descobriu-se ainda que a Hipertensão é também importante fator para a perda de memória e demência. Manter a pressão em níveis próximos a 12 por 8 é a melhor receita para uma vida saudável, alertam os especialistas.


Causa Principal:

Primária: Não tem uma causa definida. Ocorre com mais freqüência quando a família da criança tem história de hipertensão, com ou sem outros fatores de risco, como obesidade e sedentarismo. A questão da raça é outro fator que pode aumentar a chance do desenvolvimento da doença. Pessoas negras são mais propensas a ter problemas de pressão alta.

Secundária: Causada por doenças que aumentam a pressão sanguínea nas artérias, como doenças renais, endócrinas (das glândulas) e cardíacas.


Diagnóstico:
Somente o médico pode diagnosticar a doença e orientar sobre o tratamento adequado na infância e adolescência. Nas consultas médicas periódicas, é necessário que o médico verifique a pressão da criança para um diagnóstico precoce da doença.

Os sintomas e sinais que a criança ou adolescente com pressão alta pode apresentar são: Tontura; Falta de ar; Palpitação; Enjoos e náuseas; Dor de cabeça frequente; Cansaço inexplicável; Problemas cardíacos; Alterações na visão.

Porém, na maioria das vezes as crianças não apresentam sintomas, por isso é preciso que os pais ou responsáveis fiquem atentos, e lembrem-se da importância da medição da pressão em todas as consultas médicas.


Tratamento:
O tratamento e acompanhamento da pressão alta são realizados por toda a vida, por isso o médico e a equipe multiprofissional são fundamentais. A mudança de hábitos alimentares, a prática regular de atividade física e a medicação, quando necessária, são importantes e devem ser contínuas não devendo ser abandonadas mesmo que os valores da pressão tenham sido normalizados, a não ser por orientação médica. O apoio da família em relação à alimentação, exercícios e tratamento são fundamentais, com isso, a prevenção acaba sendo natural e outros casos de hipertensão na família podem ser evitados.


Cinthya Brandão DRT/BA 2397


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