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CFM critica proposta de residência médica no SUS
31/7/2013
O CFM (Conselho Federal de Medicina) diz que oferta universal de residência médica aos recém-formados, na rede pública de saúde, até 2018, dificilmente alcançará a qualidade necessária. Hoje (31), o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou que o governo desistiu de aumentar em dois anos o curso de medicina. No lugar disso, o ciclo de dois anos deve se tornar um período obrigatório de residência médica no SUS (Sistema Único de Saúde).
O vice-presidente do CFM, Carlos Vital, disse que "não há, hoje, condições suficientes para que isso [a universalização da residência médica] se torne realidade em cinco anos", e acrescentou que a ação "pode vir a ser configurada como mais uma forma de serviço civil obrigatório, em pseudo forma de residência".
Carlos Vital, disse que a residência médica é uma reivindicação da categoria. Ele acredita que deve haver uma vaga por estudante, o que não acontece hoje. Segundo o Ministério da Educação, cerca de 50% dos recém-formados não encontram vaga. Para o médico, a proposta de ampliação do número de vagas apresentada pelo governo tem muitas lacunas.
O vice-presidente do CFM diz também que o problema não é apenas a oferta de vaga, mas a valorização de certas áreas como a medicina da família – uma das áreas mais carentes do SUS. Atualmente, das cerca de 12 mil vagas de residência ofertadas, 9 mil não são preenchidas.
Vital criticou a forma como o programa Mais Médicos está sendo implementado, por MP (medida provisória). Ele antecipou que CFM vai atuar no Congresso Nacional para que a MP seja derrubada.
Fonte: Agência Brasil