Notícias
SBC-BA e SOBRAC realizam mais uma edição da campanha
5/11/2013
CAMPANHA NACIONAL “CORAÇÃO NA BATIDA CERTA”
12 de novembro - DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO DAS ARRITMIAS E MORTE SÚBITA
Campanha ensina como prevenir as doenças cardiovasculares
A Sociedade Brasileira de Cardiologia – Seção Bahia, através da sua Diretoria de Promoção de Saúde Cardiovascular – FUNCOR, e a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) farão uma campanha de esclarecimento à população chamada CORAÇÃO NA BATIDA CERTA, no Hospital Ana Nery - Rua Saldanha Marinho - Caixa d''Água, terça-feira, dia 12 de novembro, das 9:00 às 12:00h.
A iniciativa tem o objetivo de alertar pacientes e funcionários do hospital sobre a importância do diagnóstico e prevenção das doenças que acometem o coração. Serão oferecidos diversos serviços gratuitos como: aferição da pressão arterial, medida da cintura abdominal, dosagem de colesterol e distribuição de material educativo sobre controle dos fatores de risco para a doença cardiovascular.
Cardiologistas, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, professores de educação física e enfermeiros estarão disponíveis para tirar dúvidas, avaliar os resultados e orientar no controle da pressão arterial, controle do peso, colesterol, alimentação saudável e atividades físicas. Como novidade, os participantes terão a oportunidade de participar de uma aula expositiva de reanimação cardíaca com manequim especialmente desenvolvido para treinamentos médicos. Estudos revelam que a população, mesmo leiga, pode ter um papel fundamental na manutenção da vida de um paciente durante uma parada cardíaca até a chegada do socorro especializado, se souber manobras básicas de ressuscitação.
PESQUISA REVELA QUE FALTA DE INFORMAÇÃO AGRAVA A DOENÇA CARDIOVASCULAR
As doenças do coração e das vias sanguíneas são a principal causa de mortes no Brasil. Segundo o Datasus, mais de 30% dos óbitos são causados por problemas no sistema cardiovascular; é quase o dobro do número de mortes provocadas pelo segundo fator mais importante, o câncer.
A ignorância agrava os efeitos das doenças. Em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a última pesquisa do Instituto Datafolha, de 2010, com pessoas que já sofreram infartos constatou que muitos dos entrevistados não tinham conhecimento sobre a própria doença, a Síndrome Coronariana Aguda (SCA).
O estudo foi feito com 610 pessoas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Belém e Goiânia – incluiu, portanto, as cinco regiões do Brasil. As perguntas foram feitas num questionário, e os pesquisadores buscaram englobar todas as classes econômicas – mas a classe E representou menos de 1%. Dois terços dos entrevistados eram homens – já que eles são maioria entre os pacientes – e a idade média foi de 63 anos.
Resultados
Algumas das respostas deixam os médicos em alerta. A pesquisa ouviu apenas pessoas que já tiveram infarto, ou seja, existe possibilidade de que sofram outros. Apesar do risco, apenas 53% dos entrevistados disseram que a saúde é o assunto de maior importância de suas vidas no momento.
Os cardiologistas avaliam ainda que os cuidados que os entrevistados tomam com a saúde são insuficientes. Somente 53% dos pacientes usam medicamentos. Segundo especialistas, todos deveriam tomar remédios.
Metade dos entrevistados afirmou que pratica exercícios físicos, número que os cardiologistas consideram baixo. Dentre esses, 83% caminham, e essa é mesmo a atividade mais indicada – desde que a caminhada dure pelo menos meia hora e seja feita com ritmo. A ginástica, que ficou em segundo lugar na lista, não adianta muito para pacientes cardíacos.
O tabagismo também é proibido a quem sofre com a SCA, e 19% dos entrevistados disseram que fumam. Porém, o número é parecido com o de países mais desenvolvidos, e neste aspecto o Brasil não aparece tão mal.
Mesmo correndo o risco de um segundo infarto a qualquer momento, 18% dos entrevistados não sabem reconhecer os sintomas de um ataque do coração. Outros 39% disseram que sabem reconhecer um pouco, enquanto 43% afirmaram que os conhecem bem.
Segundo dados apresentados pela SBC, 16% dos pacientes que chegam a hospitais brasileiros morrem. O ideal, de acordo com a SBC, seria que esse número ficasse entre 5% e 6%.
Cinthya Brandão DRT/BA 2397