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SBC-BA esclarece a população feminina sobre os riscos das doenças cardiovasculares


Durante a semana de comemoração ao Dia Internacional da Mulher, membros da diretoria da Sociedade Brasileira de Cardiologia – Seção Bahia esclareceram dúvidas sobre a grande incidência das doenças cardiovasculares nas mulheres. Foram concedidas entrevistas no Jornal Bahia Meio Dia da TV Bahia, no Bahia no Ar da TV Itapoan, no TVE Revista da TV Educativa da Bahia, na Rádio Band News FM e no Programa Fala Bahia da TV Salvador. Reportagens sobre o tema foram exibidas, bem como, a participação dos telespectadores com o envio de perguntas.

De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, nos últimos três anos os registros de internações por problemas do Aparelho Circulatório pelo Sistema Único de Saúde são maiores no público feminino. A hipertensão arterial e as doenças cardiovasculares são as de maior incidência. Em 2006, 37.944 mulheres precisaram de internamento, enquanto o número de homens foi de 32.095. No ano seguinte, 41.062 mulheres precisaram de cuidados hospitalares. Já nos homens o registro foi bem menor, 34.875 internações. Em 2008, houve uma redução significativa, mas a quantidade de mulheres internadas ainda é maior. 35.260 mulheres hospitalizadas para 30.650 homens.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia – Seção Bahia, essa maior incidência deve-se à mudança do estilo de vida das mulheres com jornada de trabalho em tempo integral. Isso implica no aumento do estresse, do fumo, do consumo de alimentos ricos em colesterol ruim, e sedentarismo. Por isso, a investigação para diagnóstico da Doença Arterial Coronária (DAC) torna-se necessária.
Estudos demonstram que, no país, o número de mortes por problemas cardiovasculares em mulheres é seis vezes maior do que os provocados pelo câncer da mama. Porém, é mais comum a mulher se preocupar com a possibilidade de desenvolver um tumor no seio do que com o risco de sofrer um infarto ou um acidente vascular cerebral (AVC).

Desde 1984, a taxa anual de mortalidade por doenças cardíacas no Brasil é maior em mulheres do que em homens e uma vez diagnosticada, a Doença Arterial Coronária tem prognóstico pior na mulher. Principalmente após infarto do miocárdio, onde a mortalidade, no primeiro ano, é maior no sexo feminino em relação ao masculino, 38% e 25%, respectivamente. Além disso, outra característica da doença cardiovascular, nas mulheres, é a difícil caracterização dos sintomas. Aproximadamente 63% das mulheres, que morrem subitamente por DAC, não apresentam sintomas prévios. Sendo que, na mulher diabética, o risco de morte cardiovascular é 7,5 vezes maior do que na não-diabética.

Cinthya Brandão
Jornalista DRT-Ba 2.307

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