ÚLTIMAS NOTÍCIAS


Avanços no tratamento da Hipertensão Pulmonar em debate

O auditório Fernando Pessoa foi um dos que registrou maior presença de participantes no primeiro dia do XXI Congresso Brasileiro de Cardiologia Pediátrica, III Congresso Brasileiro de Cirurgia Cardiovascular Pediátrica e III Fórum de Cardiopatias Congênitas no adulto, realizado até domingo em Salvador. Durante toda a manhã, especialistas de vários estados brasileiros conheceram técnicas de tratamento da hipertensão pulmonar e compartilharam técnicas e procedimentos, bem como a eficácia e as alternativas no uso de medicamentos.

A palestra mais aguardada era do britânico Michael Gatzoulis, chefe acadêmico do centro de hipertensão pulmonar do Royal Brompton Hospital, que palestrou sobre “terapia combinada” no tratamento do problema. Dr. Gatzoulis falou sobre a importância da troca de experiências nessa área, uma vez que a cardiopatia congênita atinge cerca de 1% das crianças. O moderador do simpósio de hipertensão pulmonar, Dr. Antônio Augusto Lopes, de São Paulo, explica que a doença tem uma prevalência muito grande e seu estudo só foi intensificado há cerca de 10 ou 15 anos. “Antes tínhamos um ou dois casos de hipertensão pulmonar por milhão de pessoas, hoje sabemos que a doença é muito mais prevalente que isso, ao redor de 50 casos por milhão, ou até 100, dependendo da região”, diz Dr. Antônio Augusto.

A hipertensão arterial, na maioria dos casos, não tem cura. Exceto nas crianças que nascem com doença cardíaca congênita. Nesses casos, a cirurgia realizada até o segundo ano de vida pode, em algumas situações, eliminar a hipertensão pulmonar. Por tratar-se de um procedimento pouco difundido no Brasil, um simpósio como esse tem uma função primordial, como avalia Dr. Antônio Augusto: “a presença de em especialista como o Dr. Gatzoulis nos traz a visão de um especialista nos dois problemas, hipertensão arterial e cardiopatia congênita”.

O encontro, acrescenta Dr. Augusto, serve ainda para debater as demandas da classe, que ainda lida com restrições para realizar o tratamento da hipertensão arterial. “Na América do Norte e União Europeia, você dispõe de um elenco de drogas, aqui são apenas duas, a Sildenafila e a Bosentana”, diz Dr. Antônio Augusto, que defende uma gestão permanente da classe médica junto ao Ministério da Saúde, no sentido de agilizar a liberação de medicamentos que ainda não podem ser comercializados no país.

Jornalista Responsável - Alan Rodrigues - DRT 1.625/BA


 

Voltar
 

Desenvolvido pela Gerência de Tecnologia da SBC - Todos os Direitos Reservados
© Copyright 2006 | Sociedade Brasileira de Cardiologia |
tecnologia@cardiol.br